O número de mortos pelo terremoto em Mianmar aumentou para 1.700 neste domingo (30), enquanto equipes de resgate estrangeiras e ajuda humanitária vão para o país, onde os hospitais estão sobrecarregados e algumas comunidades se esforçavam para montar esforços de resgate com recursos limitados.
O terremoto de magnitude 7,7, um dos mais fortes de Mianmar em um século, abalou a nação do Sudeste Asiático na sexta-feira (28), ao menos 3.400 pessoas ficaram feridas e mais de 300 desaparecidas até este domingo, informou o governo militar.
O chefe da junta, General Sênior Min Aung Hlaing, alertou que o número de fatalidades poderia aumentar e que sua administração enfrentava uma situação desafiadora, informou a mídia estatal, três dias depois de ele ter feito um raro pedido de assistência internacional.
Índia, China e Tailândia estão entre os vizinhos de Mianmar que enviaram materiais de socorro e equipes, juntamente com ajuda e pessoal da Malásia, Cingapura e Rússia.
“A destruição tem sido extensa, e as necessidades humanitárias estão crescendo a cada hora”, declarou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em um comunicado.
“Com as temperaturas aumentando e a temporada de chuvas se aproximando em apenas algumas semanas, há uma necessidade urgente de estabilizar as comunidades afetadas antes que crises secundárias surjam.”

A devastação acumulou mais miséria em Mianmar, já em caos devido a uma guerra civil que surgiu de uma revolta nacional após um golpe militar em 2021 ter derrubado o governo eleito da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.
A infraestrutura crítica — incluindo pontes, rodovias, aeroportos e ferrovias — em todo o país de 55 milhões de habitantes está danificada, atrasando os esforços humanitários enquanto o conflito que atingiu a economia, deslocou mais de 3,5 milhões de pessoas e debilitou o sistema de saúde contínua.
Em algumas áreas perto do epicentro, os moradores disseram à Reuters que a assistência do governo era escassa, deixando as pessoas se defenderem sozinhas.
“É necessário restaurar as rotas de transporte o mais rápido possível”, afirmou Min Aung Hlaing às autoridades no sábado (29), conforme a mídia estatal. “É necessário consertar as ferrovias e também reabrir os aeroportos para que as operações de resgate sejam mais eficazes.”
A modelagem preditiva do Serviço Geológico dos EUA estimou que o número de mortos em Mianmar pode ultrapassar 10.000 e que as perdas podem exceder a produção econômica anual do país.
FONTE:CNN BRASIL
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