Dupla confessa homicídio e esquartejamento de morador de rua no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu os dois homens acusados de terem matado Sidnei Martins de Oliveira, de 56 anos, no dia 4 deste mês. A dupla esquartejou a vítima e colocou o corpo em duas caixas que foram jogadas em containers de lixo no Riacho Fundo I, região administrativa a cerca de 20 quilômetros de Brasília.

A corporação informou que Augusto Cesar Nunes Romano, de 23 anos, e Gerson de Sousa Basílio, conhecido como “Paraíba”, de 52 anos, confessaram ter matado Sidnei.

A ex-companheira de Gerson relatou que ele sentia ciúmes dela com outros homens e que teria ameaçado diversas pessoas por este motivo, inclusive a vítima. Sidnei foi morto com golpes de tesoura e faca na região do pescoço e abdômen.

“Ela disse que Sidnei, Gerson e ela eram usuários de drogas, que tinha uma relação muito conflituosa e conturbada com Gerson, inclusive com várias ocorrências de Maria da Penha. E disse que Gerson tinha ameaçado de morte ela e o Sidnei, porque ele acreditava que ela estava tendo um envolvimento amoroso com a vítima. Ela negou esse relacionamento com o Sidnei e disse que tinha só uma amizade”, disse o delegado responsável pelo caso, Johnson Kenedy.

A vítima, como indicou a investigação, estava em situação de rua e os dois suspeitos se conheceram no dia do crime e consumiram bebida alcoólica juntos. Ainda não está claro para a PCDF se o homem foi convidado ao apartamento de um deles já com a intenção de cometer o crime.

Câmeras de segurança do prédio onde Augusto morava capturaram a chegada dos três homens perto do contêiner onde a vítima seria encontrada, por volta das 3h40, e depois entrando em um apartamento. Já às 9h33, Augusto e Gerson são flagrados deixando o local enquanto o zelador limpava o corredor.

Às 12h40, Augusto, que foi o responsável por limpar e descartar as partes do corpo, é visto saindo do apartamento, sozinho e com outra roupa. Ele sai carregando uma caixa de plástico e demonstra alguma dificuldade para carregá-la. E, então, é visto saindo do prédio.

Apesar de terem confessado, os investigados apresentaram diferentes versões para a motivação do crime. Um deles alega que o homicídio ocorreu devido a suspeita de envolvimento amoroso entre Sidnei e a ex-companheira. Já o outro disse que o crime ocorreu por um relacionamento amoroso entre o outro suspeito e a vítima.

Augusto e Gerson foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, destruição de cadáver e fraude processual. As penas podem chegar a 35 anos.