O apagão em países da Península Ibérica, como Espanha e Portugal, causou termo mundial pelas alarmantes notícias de um possível ciberataque. Contudo, autoridades locais descartam um ataque dessa magnitude e apontam que a causa do evento tenha sido um fenômeno atmosférico raro, conhecido como vibração atmosférica induzida.
Mesmo que boa parte da energia já tenha sido restabelecida nesses países, as causas exatas ainda são desconhecidas, mas passam por investigações. O fenômeno também não foi confirmado como o real causador, portanto, muitas teorias e possíveis causas ainda circulam pela internet.
Apagão na Europa foi causado por fenômeno climático?
Os primeiros indícios de que o causador do apagão seria o fenômeno da vibração atmosférica induzida começaram quando a REN, uma das principais operadoras de energia de Portugal, descreveu o evento. Segundo a empresa, “devido às variações extremas de temperatura no interior da Espanha, houve oscilações anômalas nas linhas de muito alta tensão (400 kV)”.
Horas depois, a REN enviou um comunicado à CNN Portugal e desmentiu a informação de que esse fenômeno tenha sido o responsável pelo apagão na região europeia. A empresa também desmentiu a possibilidade do retorno do abastecimento de energia demorar até uma semana.

Até o momento, as autoridades europeias não chegaram a um consenso a respeito da origem desse apagão. Embora o fenômeno atmosférico seja uma real possibilidade, as investigações estão em andamento, mas não foram conclusivas até o momento.
O que é a vibração atmosférica induzida?
A vibração atmosférica induzida é um fenômeno raro, que ocorre quando há um alto nível de pressão nas redes de energia. Essa pressão é externa e pode ser causada por múltiplos fatores, como ventos e alteração de calor repentina. Há também a possibilidade desses eventos serem desencadeados por uma grande liberação de energia, como em explosões ou incêndios.
O cenário provável que envolva esse apagão tem relação com altas temperaturas. Quando uma determinada região do planeta aquece muito rapidamente por ondas de calor bem fortes, a camada de ar localizada acima fica mais quente, se expande e se torna mais leve.

O problema é que esse ar quente cria um desequilíbrio com o ar mais frio e denso dos arredores. Então, a atmosfera da Terra precisa lidar com isso e acaba gerando ondulações de alta pressão. Acontece que essas ondas cheias de pressão também são muito poderosas, e ocasionalmente podem colidir com redes de energia e linhas de transmissão.
A rapidez e irregularidade na variação da temperatura causa essa anomalia em linhas de energia, fazendo com que as mesmas vibrem. Dessa forma, é possível que a rede de abastecimento dos países tenham sido afetados assim.
Em qual país o apagão na Europa começou?
A Espanha é uma das maiores distribuidoras de energia de toda a Europa, e é provável que a origem do apagão tenha sido lá. O primeiro-ministro do país, Pedro Sanchez, revelou que a Espanha sofreu uma perda de 15GW em cinco segundo, ou seja, algo em torno de 60% da demanda nacional.
A falha teria começado por um problema de desconexão entre dois sistemas de energia, no qual o primeiro se recuperou do evento, mas o segundo não, desencadeando o apagão. O país ainda investiga as causas.
Causas do apagão são especulativas
Segundo o meteorologista do site especializado Meteored, José Miguel Viñas, ainda não é possível cravar um fator meteorológico ou geomagnético como causador do apagão. “Por exemplo, em uma onda de calor sem vento, a demanda dispara e a energia necessária não pode ser obtida, levando a apagões. Neste caso, não fez calor extremo e não houve nenhuma tempestade geomagnética. É tudo muito especulativo”, explica o especialista.
Dessa forma, será preciso aguardar as autoridades concluírem suas investigações. Contudo, Espanha e Portugal já restabeleceram boa parte do fornecimento de energia nos respectivos países e não há indícios de que um evento de apagão regional possa acontecer novamente.
Para mais informações sobre o apagão na Europa, continue ligado no site do TecMundo.
FONTE:TECMUNDO
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